Quando o teu companheiro não quer praticar Parentalidade Consciente

Esta fotografia representa o início da nossa transformação enquanto família. Nesta altura, estava a dar os primeiros passos na Parentalidade Consciente e o Ricardo ainda não acreditava muito nas minhas novas crenças relativamente à forma como me relacionar com os nossos filhos. E digo-te: não te preocupes em querer que o teu companheiro mude a sua forma de parentalidade. O poder está em ti, na tua transformação e na tua influência. Não podes mudar o teu companheiro, mas podes influenciá-lo. 

Ao fazermos o nosso processo de desenvolvimento pessoal, acabamos por influenciar quem nos rodeia. Por aqui tem sido assim. Éramos dois tradicionalistas, praticávamos uma parentalidade tradicional à luz das nossas vivências. Quando senti que aquele não era o caminho certo e quis mudar, aprendi que era eu que tinha de mudar e que, eventualmente, tudo o resto mudaria. E foi o que aconteceu. Hoje somos um casal consciente. Começou por ser apenas uma mãe que influenciou o pai e hoje somos ambos pais conscientes. Neste caminho, há muita aceitação, muita paciência, muito não julgamento. 

E, sobretudo, saber que esta mudança não acontece de um dia para o outro e que os resultados vão aparecer. Cada família é uma família. Não há famílias perfeitas nem que se devam reger pelas mesmas doutrinas. Cada um faz o seu caminho. Não te esqueças de que não podes mudar o outro, mas sim influenciá-lo. Muitas vezes, basta mudar o foco de querer mudar para querer influenciar, e já estamos a criar um novo caminho e novas possibilidades. Ter as nossas intenções bem definidas também nos ajuda neste processo, pois ao mínimo desafio não desistimos do que queremos ser enquanto mães conscientes. 

Não há certo nem errado. Cada família faz o seu caminho. Eu escolhi o caminho da parentalidade consciente e, dentro da Parentalidade Consciente, cada família tem os seus trilhos. Nenhum caminho é igual e está tudo bem.